E eles estão de volta, de novo – mas que redundância é essa? Eu explico. O Coldplay pode se orgulhar de ser uma das melhores bandas de rock do mundo. Para seus fãs, é claro que os quatro músicos são os melhores, os mais originais e incríveis desse estilo tão aplaudido e exigente da música. Mas, Chris Martin e seus companheiros costumam se fazer de uma estratégia interessante, mesmo sem perceberem: o sucesso que explode em pouco tempo e os colocam no topo da preferência de quem adora esse gênero musical, mas que depois cai um pouco no esquecimento. Porém, para não perder todo o estrelato, diríamos, eles são hábeis em lançar um single tão impressionante a ponto de merecer
perfeitamente cada gota de sucesso; não em ritmo frenético, mas no tempo necessário para sentirmos saudades ao invés de esquece-los.
“Every Teardrop Is A Waterfall” apareceu sem muito alarde, mas sem dúvida era uma música esperada, na esperança de recolocar o Coldplay no mapa dos que atualmente excedem os limites do sucesso. A música possui uma letra que todos nós se identificamos, fruto da audácia de um dos baitas compositores desse planeta. Quem nunca ‘aumentou o volume da música e colocou seus discos para tocar’? Quem nunca quis ‘fechar o mundo lá fora até as luzes aparecerem’? Quem nunca quis dançar até o final da noite sua música favorita? É disso que a inspiradora canção “Every Teardrop Is A Waterfall” fala.
O clipe é outro elemento com a cara, o jeito e as combinações perfeitas que igualizam o Coldplay. Cheio de estruturas gráficas, puras, animadas, inimagináveis e surreais. E não é só Martin o foco do vídeo clipe. O quarteto demonstra convicção no estilo de música que fomentam e em suas batidas emocionantes. Aparecem com facilidade e com respeito. Os elementos principais e os detalhes lembram o estilo melodioso, mas remontam algo cheio de animação, luzes, cores, efeitos, personificação...
É bom dizer sobre o assunto que foi um pouco discutido nas últimas semanas. O Coldplay pode até querer ser o novo U2, o U2 do novo milênio, o U2 do novo século. Mas é impossível não associar eles a um estilo original, bem mais puro, cheio de músicas construídas em cima de órgãos, sem batidas mais violentas, com tons mais tristes, famintos por amor e alguma luta burocrata seja lá sobre o que. São sim
parecidos com os gigantes formados por Bono, The Edge, Adam e Larry, visto que procuram se ligar a um mundo livre de dificuldades e problemas desnecessários. Porém, isso não tira a originalidade da banda e não fazem nem um pouco menores do que são. Gostem ou não, Coldplay é uma marca na música feita pouco a pouco de um jeito bacana e esperto.
23 de julho de 2011 por Anderson Nascimento
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